segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Auto-retrato, poema Amneres Santiago Pereira Maurício





Eu sempre andei assim
quase absorta
quase abstrata
quase perdida

Eu sempre entristeci
quase obscura
quase culpada
quase escondida

Eu sempre amei assim
quase obscena
quase extremada
quase exaurida

Eu sempre percebi
ser esquisita
quase obtusa
quase maldita

Eu sempre fui assim
quase uma atriz
sonhando ser o amor
e ser a amada

Eu sempre fui assim
quase exaltada
quase encantada
quase feliz.