quarta-feira, 10 de março de 2021

O globo da vida, poema RCF




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O modo circense 
de o globo da vida 
inflamar-se plural e ácido
em seu moto contínuo
ameaça o equilíbrio 
da linha do meu equador. 

Durmo sobre uma cama elástica 
que estende a borracha da pirueta
escrita com um lápis sem ponta
que convive com a dissipação.





(poema de Matadouro de vozes. Rio: 7Letras, 2018)




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