quinta-feira, 23 de novembro de 2023

O monstro da razão, poema

 


 


 

 

 

 

Não se pode fugir do que se é

e o que sou é fuga.

Os ventos abrem

seus braços de palmeiras

e eriçam os pelos do mundo.

 

A truncada luz

lança-se à vigília

como a água que lenta

e musculosa escorre pela memória

e cai na inquisição da aridez.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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