domingo, 19 de novembro de 2023

Só o silêncio da noite, poema

 

 









 

 

 

Dois amantes

estão sempre fora do tempo;

os amantes se afogam

no big-bang do orgasmo.

O silêncio fala obscenidades.

Lá fora o mundo

é um cinema mudo.

Corpos elétricos

criam a única realidade:

o pulsar do infinito num segundo.

Receio redemoinho

em sua cólica

que liquidifica

as telhas da certeza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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