quinta-feira, 7 de outubro de 2021

O inglorioso das horas, poema RCF


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A noite está oca 
em seu tronco barbudo.

Logo o dia amanhecerá 
longo com seus braços de ruídos 
e suas pernas de escorpião
que ao final, encurralado, se matará.

Uma árvore delgada espicha seu 
pescoço para ver além da
cerca da imaginação.





(do livro Matadouro de vozes. Rio: 7Letras, 2018) 









                                  








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