terça-feira, 20 de setembro de 2011
Sumária, poema de Angélica Torres
I
Passos vão
passos vêm
entre eles
nenhum meu
à porta do tempo
estancados
à espera dos rumos
vislumbrados
que o mobiliário
cerceia
II
Mas por que
insistem os poetas
em dar olhos
ouvidos e mãos
a pequenas
sincopadas
solitárias
conversas
se a ninguém
interessa
sua desútil
solidão?
Angélica Torres é uma das vozes femininas mais importantes da poesia de Brasília. Jornalista, promotora cultural, Angélica constrói sua obra entre a vocação para a dicção da sensibilidade fotográfica das emoções e o uso verbal lúdico na melhor vertente da poesia contemporânea.
imagem retirada da internet: sapatos portugal porreiro
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Angélica Torres.
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
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