sexta-feira, 15 de abril de 2022
Alugar para sonhar, poema RCF
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
quinta-feira, 14 de abril de 2022
Aos pichadores de Drummond
Por que me picham?
Por acaso minha poesia ofende os homens,
porque cantei-lhes a solidão, a solidariedade,
o amor maduro, a cidade e sua flor,
o labirinto do áporo, os inocentes do Leblon?
Não combati em Stalingrado,
eu, fazendeiro do ar,
mas lutei contra a subitaneidade do efêmero.
Por acaso a poesia ofendi?
Que mal faço a quem passa
sentado aqui na tarde bronze?Continuo ocupando espaço,
não esse, pequeno mundo,
mas outro, em que se usa
os óculos da imanência,
as pernas cruzadas do indizível,
o passeio público do calor órfico.
Habitei mistérios de minério e de fotografias que doem,
trabalhei em obra modernista,quem sabe não me querem na praia,
mas entre os pilotis do Palácio da Cultura?
Não, não pichem a poesia,
ela não floresce em mansões,
não pertencemos ao mundo do espetáculo.
Não pichem a vida,
o pensamento, o imponderável, a inação,
não pichem o nada e o ser,
não pichem a essência,
não pichem a volúpia do belo.
(inédito)
Labels:
Drummond,
estátua pichada,
Inédito,
poema
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
Assinar:
Postagens (Atom)