Pulou-me a poesia
tempestuosa e gosmenta
e, de dentro de tanta
impureza,
separei o trigo e fiquei com
o joio;
desperdicei as pérolas
e fiquei com os porcos.
Descobri que o melhor de
mim
não é o ódio,
nem minha cachaça,
o melhor de mim é meu
lixo
úmido, abjeto, rugiente
e sufocante como uma bola
de papel na garganta da
vida.