segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Balé das aves humanas, poema

 


 

 


 

 

Toda bailarina

pretende ao voo,

com seus mil braços

como uma deusa hindu.

Igual ao planador,

desafia a gravidade

no balé das aves humanas.

 

Todo bailarino

almeja ser um beija-flor.

Toda bailarina está cansada

de ser puxada para baixo

e entediada

com a condição pesada

de ser humana.