Tento alisar a nervura
selvagem da esperança
e evito os sonhos com superfície nodosa.
Meus poros são sóis abertos
à ardência de um sentir
que gira em torno de mim.
Deito ao lençol de areia
e me cubro de luz
para o espasmo mareado
das sensações desertoras.
(do livro Matadouro de vozes. Rio: 7Letras, 2018)