sexta-feira, 29 de junho de 2012
Só foto: o primeiro MacDonald's
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Duas grandes vozes da poesia contemporânea
Nauro Machado
Da terra tiro o que com verbo busco,
roubando à carne o sonho que cultivo,
a ser talvez tão só como um molusco
ou com certeza um verme pensativo.
Cego que de mim sou, ainda assim ofusco
o próprio sol do espaço além cativo,
embora eu apenas seja o lusco-fusco
de uma sombra a cobrir o ser que vivo.
E em mim seguindo como quem mais finda,
querendo embora um sol de outro caminho,
quero voar depois da noite vinda,
sem ter comigo asas de passarinho,
para nascer da mesma cova ainda,
como uma ave a sair de eterno ninho.
(do livro O cirurgião de Lázaro, Ed. Contracapa, 2010)
Olga Savary
Cor
Aos tombos muros, paredes das casas
a flutuar na crescente escuridão azul
quando azuis quase se tornam folhas,
a tarde torna-se azul em sua queda.
Azul é o que a gente vira na tarde
mas, magma, é de outra cor nosso desejo.
Quando começa o acender das luzes
o azul tudo teria comandado
e o estar em tudo não nos ilharia
não fora o jogo de viciar os dados.
(do livro Berço esplêndido, Ed. Palavra & Imagem, 2001)
imagens retiradas da internet
Da terra tiro o que com verbo busco,
roubando à carne o sonho que cultivo,
a ser talvez tão só como um molusco
ou com certeza um verme pensativo.
Cego que de mim sou, ainda assim ofusco
o próprio sol do espaço além cativo,
embora eu apenas seja o lusco-fusco
de uma sombra a cobrir o ser que vivo.
E em mim seguindo como quem mais finda,
querendo embora um sol de outro caminho,
quero voar depois da noite vinda,
sem ter comigo asas de passarinho,
para nascer da mesma cova ainda,
como uma ave a sair de eterno ninho.
(do livro O cirurgião de Lázaro, Ed. Contracapa, 2010)
Olga Savary
Cor
Aos tombos muros, paredes das casas
a flutuar na crescente escuridão azul
quando azuis quase se tornam folhas,
a tarde torna-se azul em sua queda.
Azul é o que a gente vira na tarde
mas, magma, é de outra cor nosso desejo.
Quando começa o acender das luzes
o azul tudo teria comandado
e o estar em tudo não nos ilharia
não fora o jogo de viciar os dados.
(do livro Berço esplêndido, Ed. Palavra & Imagem, 2001)
imagens retiradas da internet
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Poesia brasileira contemporânea
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
segunda-feira, 25 de junho de 2012
O Seu Santo Nome, Carlos Drummond de Andrade
Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão ( e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.
(foto:geisa crunivel, via internet)
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Carlos Drummond de Andrade
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
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