E
assim alucinado desço ao lago Ness
em
busca do monstro
que,
em negadas águas,
oculta
o horror da espécie.
Afundo
nas nimiedades dos sentidos
e
busco a resposta escamosa
às
ânsias lacustres.
Em
meio ao vago e ao fluido,
pescoço
esguio e curioso,
o
monstro mostra e se nega
ao
condomínio das visões submersas.
Eis
que de tanto buscar, insciente,
descubro
que o monstro
se
abriga não em águas escocesas
mas
num lago de terrores noturnos
de
onde não posso vir à tona.