O pêndulo é suspenso pela dúvida
que transforma em dois o que é um.
O pêndulo e seus braços
que marcham sem sair do lugar.
Seguro à dúvida,
não sou dois nem um,
marcho parado,
sem conta que me dê jeito,
sem física que me conforme.
(do livro Eterno Passageiro, Ed. Varanda, Brasília, 2004)
imagem retirada da internet: chagall