O café nos une.
Mas as palavras não se diluem
É preciso degustar
o açúcar refinado das relações perigosas.
Sob a luz fria e fluorescente das negações,
a cegueira das mãos
que não sabem por onde andam.
São a tabula rasa do medo,
a toalha dos bons comportamentos
e as quatro pernas do desejo.
(do livro Andarilho, Rio, 7Letras, 2000)
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