Um
poema só se completa
quando
alguém o lê.
Antes
disso fica no limbo,
no
purgatório das palavras.
Arde
na
espera de outros olhos,
de
olhos que acordem
as
letras como os brinquedos
do
Quebra-Nozes.
Não
se pode dançar sem luz
–
um balé no escuro
não
se completa –
um
homem na solidão
é
apenas um poema
que
ninguém lê.