Abrigados na matéria dos meses,
ao alarido dos criadouros,
abriremos uma estrada
cheia de ninhos expostos
antes que se vislumbrem as
vozes
que flambam seus nervos
à índole do sol.
Logo as árvores
vergastadas pelo vento
lançarão ao chão
as sementes dos caminhos.
(do livro Matadouro de vozes. Rio: 7Letras, 2018)