segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Biblioteca imaginária, poema

 


 


 

 

 

A biblioteca da memória

não necessita parede ou madeira

e se coloca nela tudo o que se quer.

 

Se o homem for capaz

de ler o mundo,

todos os livros que leu e lerá

nela caberão: uma biblioteca

que não para de crescer.

Quando na morte,

como se apaga um fósforo,

tudo o que foi luz e volume

se torna uma estante

escura e vazia,

onde não medra mais nenhum livro.