Ontem foi o dia nacional de protesto na Inglaterra. O governo planeja cortar o subsídio para 400 bibliotecas.
O país patinou o ano passado. Sua economia cresceu apenas 0,2 %, ou seja nada. E, no mundo de hoje, quem não cresce dança.
A cultura, sempre a pobre cultura, é a primeira a receber os socos do capital.
Aqui, em Brasília, fui vender livros no sebo. Eram livros importantes, de autores clássicos, que eu vendia porque comprara nova edição. Recusei o preço do sebo e disse que ia doar para uma biblioteca. A vendedora, filha da dona, me olhou e fulminou: Não faça esse crime.
Ou seja, todos somos criminosos. Todos gostamos de ler, todos algum dia frequentaram bibliotecas. O que estamos fazendo livres? Cadeia para os leitores.
Um grupo resolveu satirizar e, de maneira criativa, reaproveitou cartazes da Primeira e da Segunda Guerra Mundial. É o que se vê ao lado.