quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Morre Maria Schneider: meu primeiro tango em Paris
"Maria morreu esta manhã em Paris após uma longa enfermidade", declarou um parente da atriz, que tinha apenas 19 anos quando protagonizou o filme de Bernardo Bertolucci, que estreou em 1972 e ficou proibido pela censura da ditadura militar no Brasil por mais de uma década. A atriz continuou atuando até 2008, mas ficou marcada para sempre pelo filme com Marlon Brando. Ela teve mais um filme aclamado pela crítica em seu currículo, "O passageiro: profissão repórter" (1975), de Michelangelo Antonioni, ao lado de Jack Nicholson", escreveu O Globo.
Cheguei em Paris em 24 de dezembro de 1972. Tinha a mesma idade de Maria Schneider. Eu não sabia nem mesmo que filme eu ia ver com os paulistas que me hosperam na Rue du Dragon, na Rive Gauche. Era fevereiro de 1973 e fiquei fascinado com a beleza de Maria que imaginava ser bem mais velha que eu. Dancei. Foi o meu primeiro tango. Talvez tenha sido o último. Sempre me perguntei onde andava Maria Schneider.
A última cena de Maria foi rodada. Seu enterro e a palavra The End antes dos créditos.
ganhou, entre outros, os prêmios de Revelação de Autor da APCA, o Casa de las Américas e o Guimarães Rosa. No ano de 1998, edita Terratreme, poesia, livro que recebeu o Prêmio Bolsa de Literatura, pela Fundação Cultural do DF. Durante nove anos dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil em Caracas. É Doutor em Literatura pela UnB. Em 2000, publica o livro de poemas Andarilho, da ed. 7Letras. Em 2004, sai Eterno Passageiro (Ed. Varanda). Em 2005, pela Ed. LGE, lança o romance O viúvo, que o crítico Adelto Gonçalves chamou “de uma das primeiras obras primas da literatura brasileira do séc. XXI”. Em 2007 lançou dois livros: Manual de Tortura (Esquina da Palavra, contos, 2007) e A Ideologia do personagem brasileiro (Editora da UnB, ensaio, 2007). Em 2009, sai A máquina das mãos, poemas, publicado pela 7Letras, que ganhou o Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro de 2010 lança o romance Um homem é muito pouco. Memória dos Porcos é publicado em 2012. O difícil exercício das cinzas, de 2014, é seguido pelo livro de ensaios A cidade na literatura (2016) e, mais recente, Matadouro de Vozes (2018)
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