quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Aventura cínica, poema RCF






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Tento alisar a nervura 
selvagem da esperança
e evito os sonhos com superfície nodosa.

Meus poros são sóis abertos 
à ardência de um sentir
que gira em torno de mim.
Deito ao lençol de areia 
e me cubro de luz
para o espasmo mareado
das sensações desertoras.



(do livro Matadouro de vozes. Rio: 7Letras, 2018)




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