A casca madura a razão,
fende e excreta o que aprisiona.
O boneco sem formas
expulsa da caixa
surpresa o claro.
É a insônia do novo,
o meio–dia alpino
de quem se alimentou de lama espessa,
nutriu-se de útero medonho,
pousou em gosma desprezível.
Água a claridade
nevoa o lúcido
turva a reta
abisma o exato
tange o boi da desrazão.
A imaginação masmorra
no ovário da vigília,
obscura as paredes.
Não quero mais viver
com os olhos do princípio
nem com a mão sulforosa do aperto.
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