quinta-feira, 4 de julho de 2024

Tumulto da insensatez , poema

 

 

 


 

 

Muito tumulto habita

minha solidão.

Estou cercado de muita gente

quando estou sozinho.

Alguns apontam

meus erros,

outros são solidários ao engano.

Não adianta o burburinho

dos inocentes.

A solidão é barulhenta,

meus mortos me infestam.

Nada mais tumultuoso

quando os mortos

me fazem companhia.

A derrota

– que é aparentada da solidão –

também é tão densa

que parece ter corpo próprio.

Sai da minha solidão

e anda pelas ruas

exibindo minhas ruínas.

Procuro me abrigar

dos dias solitários

e do outro lado do confessionário

se encontra a batina da insensatez.

 

 

 

 

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