quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Formigável, poema


 

 






 

 

 

Formiga em mim

uma necessidade de saúva.

Corto as folhas da relva

dos meus poemas.

A cabeça grande das ideais tolas

e o sacrifício de carregar

o dobro do meu peso.

A fila indiana

dos meus problemas

cria em mim

a doce ilusão de viver tranquilo.

Em meu formigueiro

há o desânimo animal da espécie:

o amargo encargo da realidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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