Uma vez ao ano, estiro o braço
e de mim colhem tempo.
O coração o bombeia
e sinto o tempo subir à cabeça.
Mas quase sempre
entre a nodosa manhã
e o início serpenteante da noite,
mantenho o tempo frio.
Meu tempo segue seu labirinto
que pensa antes apresá-lo no corpo
quando na verdade por ele é prisioneiro.
Meço a pressão:
alta realidade.
(do livro O difícil exercício das cinzas. Rio: 7Letras, 2014)
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