Meu código
de ira e de uivos
combina signos
perfumados,
sintaxes inauditas.
Na minha frase faz
o tempo vertical.
Meu idioma
é a sobra das coisas
arruinadas.
A poesia bruta
da vida e sua imagens
fraturadas.
Os violinos da morte
numa sinfonia
inacabada.
Hilberto Barbosa Filho publicou Nem morrer é remédio (poesia reunida), pela Editora Ideia, de João Pessoa. Hildeberto reúne aqui todos os livros de sua brilhante carreira.
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