Tudo o que incinera por dentro me é humano.
Durante anos,
diagnostiquei meu magma.
Estudei
as formações rochosas do espírito.
Ginasiei a geologia das fúrias.
Mas, descobri Vasari
e entendi como funcionam os vulcões.
Primeiro,
o vulcão é uma fábrica.
Nela, ofende o ferro quente
um gigante musculoso.
Um forno
assa o pão
com o fermento das perguntas.
Depois, há um fole
para inflamar os nervos vermelhos.
A lenha nunca é verde
porque aqui o verde
é uma forma de coisa madura.
Na forja, o fogo operário
é torneado pelo vento
das irrupções nervosas.
Minhas lições de vulcão
me tornaram um homem deliquescente,
fugitivo de lavas,
que não limpam
o lençol alvo
das erupções adormecidas.
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