Haverá subidas
que não são idas,
e, sendo volta,
deverão chamar-se
subvoltas.
Haverá descida
que não é ida
e, sendo volta,
deverá chamar-se
desvolta.
Minha casa
fica numa desvolta
ao fim da tarde.
O trabalho,
que é íngreme
– todos os trabalhos são íngremes –,
fica, depois do almoço,
numa subvolta.
Então me pergunto:
A morte é uma subvolta
– aos céus, quem sabe –
ou uma desvolta
– aos infernos,
de onde nunca saímos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário