Faço papel de que vivo,
mas vivo do papel.
Nada me escapa
a não ser o ladrão
que está nas entrelinhas.
Viver nas entrelinhas
é perigoso
como afogar-se no seco,
nadar pelo ar
e mergulhar nas calçadas.
Preciso de um miligrama de letra,
um pedido de oração,
uma dose de tinta impressa
e um comprimido de página
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