segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Quintal das perenidades, poema

 

 

 


 

 

 

Este caminho

por onde musgo,

não me escaramuja.

Preciso morar nas brechas,

onde limo meus poemas

e habito as águas paradas dos dias.

 

No que me intervala,

posso anoitecer,

verdejar ou ser piso.

 

Muro a lamentação

que me faz casca

e lama minha discórdia.

Assim alcalino

meu tédio

para o arrimo do mundo

que desaba no meu quintal.

 

 

 

 

 

 

 

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