As
nuvens têm
quatro
paredes:
a
parede do céu,
outra
da terra,
uma
do horizonte
e
por fim a parede do tempo.
Nenhuma
nuvem
vive
fora das quatros paredes.
Ela
só escapa
das
quatro paredes
quando
chora.
O
tempo da nuvem
não
é o tempo do relógio
que
é uma nuvem presa
pelos
ponteiros.
Homem
e nuvem
muito
se parecem,
se
agitam,
mudam
de lugar
e estão
presos às quatro paredes.
As
paredes do homem
são paredes
do pensamento,
que são
infinitas
como
as bolas
que
não tem começo nem fim;
a
terra que pisa,
o
horizonte do futuro
que
se afasta
quando
dele se aproxima
e o
tempo
que
tudo esfarinha.
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