As
pedras de cantaria
estão
surdas e mudas.
Ainda
ouço o tambor de crioula
que
me embalava nas noites brancas.
Não
posso viver
–
viver é uma palavra perigosa,
tem
muita visão do passado
e do
infinitivo
que
é parente do eterno –
no
efêmero.
Penso
nas ladeiras
de
minha terra
que
são uma metáfora da vida.
Nos
cantos e becos
que
são auditivos e sem saída.
Um
dia viverei
numa
cidade sem ruas
–
labirintos da alma –,
sem
praças – a festa coletiva –,
sem
casas – úteros de alvenaria.
Estarei
então morto
–
uma cidade sem homens.
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