Habito
o quarto
dos
fundos da memória.
É lá
que guardo
meus
hábitos mais antigos.
Sei em
que caixa
alugo
os romances
que
me inquilinavam o corpo.
Num
álbum de fotografias
–
quando existiam álbuns de fotografia –
estão
colados os dias felizes.
Todos
estão jovens,
os
pais e os avós,
que
agora vivem mortos.
Não
há nostalgia
–
essa doença da saudade –
apenas
a constatação
de que
estou em fotos
no
celular dos filhos,
uma
imagem
sem
paredes para sustentá-la.
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