O
verão chega
com
suas patas pesadas.
Um
corpo
que
é um grande estômago
– um
buda de quatro
que
locomove o corpo
como
se carrega
um
grande cofre de couro.
Uma
tromba
aspira
ao mundo:
uma
investigação olfativa.
O
elefante ocupa mais mundo
que
lhes cabe aos outros animais.
Um
cachalote das selvas.
Assim
é a tristeza
e
suas pernas pesadas,
seu
corpo de ventre do mundo,
o
budismo sem sossego
da
melancolia.
O
cofre vazio das certezas,
logo
a derrota
que
ocupa mais mundo,
a
tristeza
como
o cachalote das trevas.
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