sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Linguagem, poema

 


 






 

Eis que de súbito tudo se desfaz

e as maravilhas de cor e silêncio intumescido

regurgitaram a tempestade do futuro

inquieto e réptil movendo-se

em meio à indelicadeza dos sentidos.

O que era passivo imóvel e submisso objeto

se revelou a demoníaca imagem da queda

e o fascínio mortal dos espelhos,

a intemperança dos fios desalbergados,

a natureza humana dos perigos da fugitiva

floresta de navalhas e a vegetação rasteira

do dia tomado de ervas

cada qual com sua linguagem de futuro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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