ADELTO GONÇALVES
As relações de Alexandr S. Pushkin (1799-1837) com o Brasil tiveram início há quase dois séculos, quando o poeta, escritor e historiográfico publicou em Paris em 1826-1827 num órgão literário um poema de Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) extraído de Marília de Dirceu (1792) e traduzido para o russo. A contrapartida deu-se há poucos anos, quando a coletânea de contos A Dama de Espadas foi publicada pela Editora 34 em 1999, em tradução de Nelson Ascher, e as peças Pequenas Tragédias (2006), em tradução de Irineu Perpétuo, e o drama histórico Boris Godunov (2007), em tradução de Irineu Franco, saíram pela Editora Globo.
Mas a verdade é que a grande obra de Pushkin, Eugênio Oneguin, romance em versos, ficou inédita no Brasil até 2010, quando saiu pela Editora Record, em tradução do diplomata Dário Moreira de Castro Alves (1927-2010), grande conhecedor da obra de Eça de Queiroz (1845-1900) e embaixador do Brasil em Portugal de 1979 a 1983. Em português, porém, a obra já saíra dois anos antes pelo Grupo Editorial Azbooka Atticus, de Moscou, em edição russo-portuguesa, ao fim de uma empreitada em que o embaixador consumiu pelo menos 15 anos, se bem que a ideia de traduzir esse romance em versos o diplomata já acalentasse desde quando vivera na Rússia entre 1962 e 1964, quando lhe coube trabalhar como secretário na Embaixada brasileira. Por fatal coincidência, a morte do embaixador ocorreu às vésperas do lançamento da edição brasileira de sua tradução.
Para levar à frente esse desafio, o embaixador Dário – como era carinhosamente tratado por seus amigos – dedicou a sua última etapa de sua vida, logo após se aposentar em 1990 do serviço diplomático. Quem o visitava em seu apartamento no bairro do Campo Grande, a poucos metros da Biblioteca Nacional de Lisboa, invariavelmente, saía brindado com a audição de uma estrofe de Eugênio Oneguin, que ele traduzira na noite anterior e cujas sílabas costumava escandir nos dedos da mão direita para que o ouvinte tivesse a certeza de que a sua tradução acompanhara rigorosamente a métrica russa.
Foi no período de 1995 a 2002, em Lisboa, que Dário empenhou a maior parte de seu tempo no esforço ciclópico de traduzir Pushkin, mas, quando, perdeu a segunda esposa, Rina Bonadies, naquele ano, e teve de retornar a sua Fortaleza natal, ainda continuou a burilar a tradução por mais dois ou três anos, atento a mínimos detalhes, recorrendo a muitos amigos russos que fizera ao longo de sua vida de diplomata. Entre esses amigos, estão Olga Ovtcharenko, professora do Instituto Gorki, Marina Kossarik, professora da cátedra de Camões da Universidade Mikhail Lomonosov, e Vadim Kopyl, doutor em Filologia Românica pela Universidade Estatal Pedagógica Hertzen e diretor do Centro Lusófono Camões da mesma instituição, que assina o posfácio da edição russa. Quando se deu por satisfeito, Dário contabilizava mais de 390 estrofes traduzidas, que incluem 5.523 versículos inseridos em oito capítulos e mais um capítulo especial constituído por Fragmentos de Viagem de Eugênio Oneguin.
II
Para o embaixador, a obra-prima de Pushkin é um monumento de beleza e expressividade, admirável pintura da alma russa e dos costumes russos, traçada em torno de um herói que perfilha traços byronianos. “O romance em versos conta a vida venturosa de Oneguin e seu desencontro com Tatiana Lárin, símbolo da felicidade impossível na Rússia oitocentista marcada pela morte do poeta romântico Vladimir Lenski, que era noivo de Olga, irmã de Tatiana, num duelo, por Oneguin”, resume.
E quem era Oneguin? É possível imaginar que seria um alter ego de Pushkin, igualmente dândi, quem sabe um nobre baseado na figura do poeta Byron (1788-1824), já que, a exemplo do inglês, alterna momentos de dissipação com o spleen, o tédio de quem viveu a intensidade a ponto de perceber seu vazio. Tatiana Lárin se apaixona por Oneguin e escreve uma declaração que ele rejeita. Depois, durante um baile, Oneguin corteja Olga e é desafiado a um duelo por Lenski, que morre no confronto.
Não se pode dizer que por parte de Oneguin há alguma espécie de vilania ou prazer mórbido em sentir a morte do outro, mas, de acordo com as circunstâncias da época, aquela teria sido uma alternativa a que não poderia recusar, se quisesse manter a sua altivez aristocrática. A inutilidade de seu gesto, porém, ele só haveria de perceber quando reencontra Tatiana em Moscou, já madura e casada com um príncipe, general, mutilado de guerra, fiel tanto ao marido quanto ao amor juvenil a que renuncia:
Amo-vos, sim (como fingir?);
Mas fui a outro cedida:
Ser-lhe-ei fiel por toda a vida.
Já Olga estava desde a infância prometida a Lenski, que fora quem levara Oneguin para conhecer a família Lárin. Na ocasião, Tatiana haveria de se apaixonar à primeira vista por Oneguin, mas seria esnobada por este, ainda que lhe tivesse mandado uma carta escrita em francês, como era a convenção romântica. Mais tarde, tomados pelo espírito da época, os amigos haveriam de se desentender por motivos fúteis aos olhos de hoje e resolveriam suas diferenças a bala. Eis como Pushkin descreve os momentos pós-duelo:
Nele o remorso já pesava,
Firme a pistola inda na mão,
A Lenski Eugênio olhar deitava
“Mas já morreu” – ouviu-se então,
Sentindo Eugênio um calafrio,
Anda ao redor, chamar sua gente.
No trenó põe atentamente
Zeretski o morto, enregelado;
P´ra casa eis que o trenó sai.
Sentindo a morte que ali vai,
Bufam corcéis, tendo empacado,
De espuma os freios vão molhando;
E como dados vão voando.
III
Por fatal coincidência, Pushkin, como o seu personagem, também perderia a vida num duelo em 1837, num desafio com Georges d´Anthés, um aventureiro que cortejara a sua mulher Nathalia Goutcharova de maneira insolente num baile. O incidente motivaria cartas anônimas ofensivas à honra do poeta, o que redundaria no trágico duelo.
Pushkin viveria apenas 38 anos, interrompendo uma carreira que tinha tudo para legar à cultura russa mais obras geniais. Era descendente direto de Abram Gannibal, filho de um príncipe abissínio, que fora dado de presente ao czar Pedro I, o Grande (1672-1725), por um embaixador russo que o conhecera em Istambul, no serralho do sultão. Era comum à época que as cortes europeias tivessem africanos a seu serviço.
Pedro, o Grande, czar de 1682 a 1725, mandou Gannibal seguir estudos militares na França, o que o tornaria figura importante na corte de São Petersburgo. Uma neta de Gannibal casou com Serguei L´ovich Pushkin, ao final do século XVIII, e foi dessa união que nasceu o poeta. O estilo de vida que levou o próprio Pushkin retrata no primeiro capítulo de Eugênio Oneguin.
Diz Dário Moreira de Castro Alves que os traços psicológicos de d´Anthès, bem como a sua conduta moral e cultural, seriam parecidos com os de Pushkin. Era um aventureiro e aventuroso, dado a conquistas amorosas, adepto do donjuanismo. Como se vê, Pushkin tinha muito de Oneguin e de Lenski e mesmo de seu desafeto, d´Anthès. No Brasil, os seus assemelhados seriam, em primeiro lugar, Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) e, quem sabe, Olavo Bilac (1865-1918), ainda que o brasileiro não fosse lá muito adepto do donjuanismo. Em Portugal, quem mais se aproximaria dele seria Bocage (1765-1805).
No posfácio “Voz humana nos versos divinos” que escreveu para a edição russa, o professor Kopyl lembra que a obra Eugênio Oneguin teve início em 1823 e foi concluída em 1830, explicando que os capítulos eram publicados à medida que eram escritos e saíram copiados num livro de 1830. Ressalta que, já à saída do primeiro capítulo em 1825, Pushkin afirmara aos amigos que seu “herói do século” de nenhum modo seria parecido com os heróis de Byron. “Em realidade, neste romance Pushkin é mais bem realista do que romântico”, assegura, lembrando que contemporâneos do poeta o consideravam influenciado pelos franceses Chateaubriand (1768-1848), Maturin (1573-1613) e Constant (1767-1830).
Considerado o grande inovador da literatura russa a uma época até então fechada nos limites da cultura ortodoxa e ainda de feitio medieval, Pushkin, com Eugenio Oneguin, deu foro europeu ao fazer literário que se praticava em seu país. Para se ter uma medida da sua importância para a literatura eslava, basta lembrar que o grande Fiodor Dostoievski (1821-1881) dele disse que ninguém tinha representado como ele a força criadora da vida russa e que ninguém haverá de ultrapassá-lo. Vaticínio certeiro, pois, ainda hoje, nenhum poeta russo superou a força criadora de Pushkin.
EUGÊNIO ONEGUIN: romance em versos, de Alexandr Pushkin, tradução de Dário Moreira de Castro Alves. Moscou: Grupo Editorial Azbooka-Atticus, 494 págs., 2008; Rio de Janeiro: Editora Record, 288 págs., R$ 47,90.
Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002) e Bocage – o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003).
As relações de Alexandr S. Pushkin (1799-1837) com o Brasil tiveram início há quase dois séculos, quando o poeta, escritor e historiográfico publicou em Paris em 1826-1827 num órgão literário um poema de Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) extraído de Marília de Dirceu (1792) e traduzido para o russo. A contrapartida deu-se há poucos anos, quando a coletânea de contos A Dama de Espadas foi publicada pela Editora 34 em 1999, em tradução de Nelson Ascher, e as peças Pequenas Tragédias (2006), em tradução de Irineu Perpétuo, e o drama histórico Boris Godunov (2007), em tradução de Irineu Franco, saíram pela Editora Globo.
Mas a verdade é que a grande obra de Pushkin, Eugênio Oneguin, romance em versos, ficou inédita no Brasil até 2010, quando saiu pela Editora Record, em tradução do diplomata Dário Moreira de Castro Alves (1927-2010), grande conhecedor da obra de Eça de Queiroz (1845-1900) e embaixador do Brasil em Portugal de 1979 a 1983. Em português, porém, a obra já saíra dois anos antes pelo Grupo Editorial Azbooka Atticus, de Moscou, em edição russo-portuguesa, ao fim de uma empreitada em que o embaixador consumiu pelo menos 15 anos, se bem que a ideia de traduzir esse romance em versos o diplomata já acalentasse desde quando vivera na Rússia entre 1962 e 1964, quando lhe coube trabalhar como secretário na Embaixada brasileira. Por fatal coincidência, a morte do embaixador ocorreu às vésperas do lançamento da edição brasileira de sua tradução.
Para levar à frente esse desafio, o embaixador Dário – como era carinhosamente tratado por seus amigos – dedicou a sua última etapa de sua vida, logo após se aposentar em 1990 do serviço diplomático. Quem o visitava em seu apartamento no bairro do Campo Grande, a poucos metros da Biblioteca Nacional de Lisboa, invariavelmente, saía brindado com a audição de uma estrofe de Eugênio Oneguin, que ele traduzira na noite anterior e cujas sílabas costumava escandir nos dedos da mão direita para que o ouvinte tivesse a certeza de que a sua tradução acompanhara rigorosamente a métrica russa.
Foi no período de 1995 a 2002, em Lisboa, que Dário empenhou a maior parte de seu tempo no esforço ciclópico de traduzir Pushkin, mas, quando, perdeu a segunda esposa, Rina Bonadies, naquele ano, e teve de retornar a sua Fortaleza natal, ainda continuou a burilar a tradução por mais dois ou três anos, atento a mínimos detalhes, recorrendo a muitos amigos russos que fizera ao longo de sua vida de diplomata. Entre esses amigos, estão Olga Ovtcharenko, professora do Instituto Gorki, Marina Kossarik, professora da cátedra de Camões da Universidade Mikhail Lomonosov, e Vadim Kopyl, doutor em Filologia Românica pela Universidade Estatal Pedagógica Hertzen e diretor do Centro Lusófono Camões da mesma instituição, que assina o posfácio da edição russa. Quando se deu por satisfeito, Dário contabilizava mais de 390 estrofes traduzidas, que incluem 5.523 versículos inseridos em oito capítulos e mais um capítulo especial constituído por Fragmentos de Viagem de Eugênio Oneguin.
II
Para o embaixador, a obra-prima de Pushkin é um monumento de beleza e expressividade, admirável pintura da alma russa e dos costumes russos, traçada em torno de um herói que perfilha traços byronianos. “O romance em versos conta a vida venturosa de Oneguin e seu desencontro com Tatiana Lárin, símbolo da felicidade impossível na Rússia oitocentista marcada pela morte do poeta romântico Vladimir Lenski, que era noivo de Olga, irmã de Tatiana, num duelo, por Oneguin”, resume.
E quem era Oneguin? É possível imaginar que seria um alter ego de Pushkin, igualmente dândi, quem sabe um nobre baseado na figura do poeta Byron (1788-1824), já que, a exemplo do inglês, alterna momentos de dissipação com o spleen, o tédio de quem viveu a intensidade a ponto de perceber seu vazio. Tatiana Lárin se apaixona por Oneguin e escreve uma declaração que ele rejeita. Depois, durante um baile, Oneguin corteja Olga e é desafiado a um duelo por Lenski, que morre no confronto.
Não se pode dizer que por parte de Oneguin há alguma espécie de vilania ou prazer mórbido em sentir a morte do outro, mas, de acordo com as circunstâncias da época, aquela teria sido uma alternativa a que não poderia recusar, se quisesse manter a sua altivez aristocrática. A inutilidade de seu gesto, porém, ele só haveria de perceber quando reencontra Tatiana em Moscou, já madura e casada com um príncipe, general, mutilado de guerra, fiel tanto ao marido quanto ao amor juvenil a que renuncia:
Amo-vos, sim (como fingir?);
Mas fui a outro cedida:
Ser-lhe-ei fiel por toda a vida.
Já Olga estava desde a infância prometida a Lenski, que fora quem levara Oneguin para conhecer a família Lárin. Na ocasião, Tatiana haveria de se apaixonar à primeira vista por Oneguin, mas seria esnobada por este, ainda que lhe tivesse mandado uma carta escrita em francês, como era a convenção romântica. Mais tarde, tomados pelo espírito da época, os amigos haveriam de se desentender por motivos fúteis aos olhos de hoje e resolveriam suas diferenças a bala. Eis como Pushkin descreve os momentos pós-duelo:
Nele o remorso já pesava,
Firme a pistola inda na mão,
A Lenski Eugênio olhar deitava
“Mas já morreu” – ouviu-se então,
Sentindo Eugênio um calafrio,
Anda ao redor, chamar sua gente.
No trenó põe atentamente
Zeretski o morto, enregelado;
P´ra casa eis que o trenó sai.
Sentindo a morte que ali vai,
Bufam corcéis, tendo empacado,
De espuma os freios vão molhando;
E como dados vão voando.
III
Por fatal coincidência, Pushkin, como o seu personagem, também perderia a vida num duelo em 1837, num desafio com Georges d´Anthés, um aventureiro que cortejara a sua mulher Nathalia Goutcharova de maneira insolente num baile. O incidente motivaria cartas anônimas ofensivas à honra do poeta, o que redundaria no trágico duelo.
Pushkin viveria apenas 38 anos, interrompendo uma carreira que tinha tudo para legar à cultura russa mais obras geniais. Era descendente direto de Abram Gannibal, filho de um príncipe abissínio, que fora dado de presente ao czar Pedro I, o Grande (1672-1725), por um embaixador russo que o conhecera em Istambul, no serralho do sultão. Era comum à época que as cortes europeias tivessem africanos a seu serviço.
Pedro, o Grande, czar de 1682 a 1725, mandou Gannibal seguir estudos militares na França, o que o tornaria figura importante na corte de São Petersburgo. Uma neta de Gannibal casou com Serguei L´ovich Pushkin, ao final do século XVIII, e foi dessa união que nasceu o poeta. O estilo de vida que levou o próprio Pushkin retrata no primeiro capítulo de Eugênio Oneguin.
Diz Dário Moreira de Castro Alves que os traços psicológicos de d´Anthès, bem como a sua conduta moral e cultural, seriam parecidos com os de Pushkin. Era um aventureiro e aventuroso, dado a conquistas amorosas, adepto do donjuanismo. Como se vê, Pushkin tinha muito de Oneguin e de Lenski e mesmo de seu desafeto, d´Anthès. No Brasil, os seus assemelhados seriam, em primeiro lugar, Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) e, quem sabe, Olavo Bilac (1865-1918), ainda que o brasileiro não fosse lá muito adepto do donjuanismo. Em Portugal, quem mais se aproximaria dele seria Bocage (1765-1805).
No posfácio “Voz humana nos versos divinos” que escreveu para a edição russa, o professor Kopyl lembra que a obra Eugênio Oneguin teve início em 1823 e foi concluída em 1830, explicando que os capítulos eram publicados à medida que eram escritos e saíram copiados num livro de 1830. Ressalta que, já à saída do primeiro capítulo em 1825, Pushkin afirmara aos amigos que seu “herói do século” de nenhum modo seria parecido com os heróis de Byron. “Em realidade, neste romance Pushkin é mais bem realista do que romântico”, assegura, lembrando que contemporâneos do poeta o consideravam influenciado pelos franceses Chateaubriand (1768-1848), Maturin (1573-1613) e Constant (1767-1830).
Considerado o grande inovador da literatura russa a uma época até então fechada nos limites da cultura ortodoxa e ainda de feitio medieval, Pushkin, com Eugenio Oneguin, deu foro europeu ao fazer literário que se praticava em seu país. Para se ter uma medida da sua importância para a literatura eslava, basta lembrar que o grande Fiodor Dostoievski (1821-1881) dele disse que ninguém tinha representado como ele a força criadora da vida russa e que ninguém haverá de ultrapassá-lo. Vaticínio certeiro, pois, ainda hoje, nenhum poeta russo superou a força criadora de Pushkin.
EUGÊNIO ONEGUIN: romance em versos, de Alexandr Pushkin, tradução de Dário Moreira de Castro Alves. Moscou: Grupo Editorial Azbooka-Atticus, 494 págs., 2008; Rio de Janeiro: Editora Record, 288 págs., R$ 47,90.
Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002) e Bocage – o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003).
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