(capítulo do livro "Memorialística: História, Memória, Ficção", de Magaly Trindade Gonçalves, Zélia Thomaz de Aquino e Zina C. Bellodi, sobre O viúvo)
Três professoras universitárias do Estado de São Paulo lançaram no ano morto um livro que merece atenção dos meios universitários e literários. Magaly Trindade Gonçalves e Zélia Thomaz de Aquino, de Araraquara, e Zina C. Bellodi, de Jaboticabal, o fizeram sem o anúncio que as boas criações estão a exigir, para melhor conhecimento da plateia-leitora.
“Memorialística: História, Memória, Ficção” tem 162 páginas e focaliza um tema fundamental para todos os que se interessam por analisar em profundidade Joaquim Nabuco (“Minha Formação”), Humberto de Campos (“Memórias”), Pedro Nava (“Baú de Ossos”) e Alberto da Costa e Silva (“Invenção do desenho-ficção da memória”), na área de memórias familiares.
No campo de memórias e histórias ficcionalizadas, comparecem Machado de Assis, “Dom Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”; Guimarães Rosa, “Grande Sertão: Veredas”; Graciliano Ramos, “São Bernardo”; Cyro dos Anjos, “O amanuense Belmiro”; Maria José de Queiroz”, “Joaquina, filha de Tiradentes”, Miguel Sanches Neto, “Um amor anarquista” e Godofredo de Oliveira Neto, “O bruxo do Contestado”.
Em memória no universo familiar, o mineiro Autran Dourado com “Ópera dos Mortos”; Josué Montello, com “Largos do desterro”; Milton Hatoum, com “Dois Irmãos”; ainda, Machado com “Esaú e Jacó”; Ronaldo Costa Fernandes, com “O viúvo” e Cristóvão Tezza, com “O filho eterno”. Em retalhos de memórias, Ignácio de Loyola Brandão, com “Veia Bailarina” e Lígia Fagundes Telles, com “Invenção e memória” e “Conspiração de Nuvens”.
Pela simples enunciação dos nomes, trata-se de seleção do mais alto nível. São 21 autores que conquistaram prestígio, embora Humberto de Campos já se encontre esmaecido. Estou certo de que, pela leitura do vigoroso estudo dessas três paulistas, com bela biografia nas letras e no magistério, muitos brasileiros poderão desejar conhecer mais os autores e obras focalizadas.
Sublinha-se: o que é História? O que é ficção? O que são memórias? “A oportunidade para um trabalho em que pelo menos história, memória e ficção aparece como diferentes modalidades da construção literária”. Donde concluem as autoras que “a literatura é um campo maior do que qualquer definição, e nela, mistura-se a todo momento”.
Três professoras universitárias do Estado de São Paulo lançaram no ano morto um livro que merece atenção dos meios universitários e literários. Magaly Trindade Gonçalves e Zélia Thomaz de Aquino, de Araraquara, e Zina C. Bellodi, de Jaboticabal, o fizeram sem o anúncio que as boas criações estão a exigir, para melhor conhecimento da plateia-leitora.
“Memorialística: História, Memória, Ficção” tem 162 páginas e focaliza um tema fundamental para todos os que se interessam por analisar em profundidade Joaquim Nabuco (“Minha Formação”), Humberto de Campos (“Memórias”), Pedro Nava (“Baú de Ossos”) e Alberto da Costa e Silva (“Invenção do desenho-ficção da memória”), na área de memórias familiares.
No campo de memórias e histórias ficcionalizadas, comparecem Machado de Assis, “Dom Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”; Guimarães Rosa, “Grande Sertão: Veredas”; Graciliano Ramos, “São Bernardo”; Cyro dos Anjos, “O amanuense Belmiro”; Maria José de Queiroz”, “Joaquina, filha de Tiradentes”, Miguel Sanches Neto, “Um amor anarquista” e Godofredo de Oliveira Neto, “O bruxo do Contestado”.
Em memória no universo familiar, o mineiro Autran Dourado com “Ópera dos Mortos”; Josué Montello, com “Largos do desterro”; Milton Hatoum, com “Dois Irmãos”; ainda, Machado com “Esaú e Jacó”; Ronaldo Costa Fernandes, com “O viúvo” e Cristóvão Tezza, com “O filho eterno”. Em retalhos de memórias, Ignácio de Loyola Brandão, com “Veia Bailarina” e Lígia Fagundes Telles, com “Invenção e memória” e “Conspiração de Nuvens”.
Pela simples enunciação dos nomes, trata-se de seleção do mais alto nível. São 21 autores que conquistaram prestígio, embora Humberto de Campos já se encontre esmaecido. Estou certo de que, pela leitura do vigoroso estudo dessas três paulistas, com bela biografia nas letras e no magistério, muitos brasileiros poderão desejar conhecer mais os autores e obras focalizadas.
Sublinha-se: o que é História? O que é ficção? O que são memórias? “A oportunidade para um trabalho em que pelo menos história, memória e ficção aparece como diferentes modalidades da construção literária”. Donde concluem as autoras que “a literatura é um campo maior do que qualquer definição, e nela, mistura-se a todo momento”.
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