Mas tudo passou tão depressa.
Não consigo dormir agora.
Nunca o silêncio gritou tanto
nas ruas da minha memória.
Como agarrar líquido o tempo
que pelos vãos dos dedos flui?
Meu coração é hoje um pássaro
pousado na árvore que eu fui.
(do livro Jeremias sem-chorar, 1967)
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