Não conhece os
homens,
nem as marés,
nem o murmurar do vento.Quer ser a rocha,
imune e presa a si mesma,
que se desgasta aos poucos
à passagem solar dos séculos.
Quer a paz dos
gerânios,
que sopra dentro
delecomo uma brisa marítima.
Quer a simplicidade do pão
que se divide e alimenta a manhã,
ser apenas:
o vento, a pedra, um homem.
(do livro Memória dos porcos. Rio: 7Letras, 2012)
(pinacoteca de são paulo: bruno giorgi)
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