radu belcin |
acende a escuridão da noite.
O elástico da emoção se estira.
A flor mais bonita do meu jardim é venenosa.
E vem o martelo da obsessão
que bate e rebate.
A vida – tem que saber tocá-la
como um chapa
que não se sabe
se queima ou esfria.
Aqui visto meu pijama listrado
e deito no catre
de prisioneiro do pensamento.
O suco gástrico da fome
se alimenta de mim.
O dia retrátil que se
nega quando se deseja,
minando por fora
como um olho d’água.
(do livro O difícil exercício das cinzas. Rio: 7Letras, 2014)
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