Quis sufocar num vidro,
com a catarata das imagens,
a força alucinada das ideias.
Elas giravam como o ciúme,
luz que atrai
e em volta da qual orbitam sussurros.
Tentei esterilizar
o cio da imaginação,
cortando os pulsos do pensamento,
mas vinha mais forte,
com borboletas nos olhos
e a hemorragia da utopia.
Tentei a mordaça,
irrisória tampa do infortúnio,
untei-as com a pomada das frivolidades,
mas turbilhonavam leve
a matéria mais densa
como um boi no tornado.
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