Em todo outono
minha mão desabrocha.
Rego-me com dúvidas
que são bom adubo.
Abaúla-se meu tronco,
alguns paradoxos
penduram-se nos galhos
e roubam-me
os frutos da certeza.
O outono ara meus pés
plantados no chão.
Meus braços espigam,
meus olhos d’água
me brotam de ternura
pelos bichos da terra
tão pequenos.
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