Escorrem pelas comissuras
a colheita dos ventos.
Não sei pronunciar
a palavra morte
que é um copo cheio de nada.
Chove a cântaros
numa taça de vinho
e ventos furiosos
espumam
as marés das cervejas.
Os copos gelados
são icebergs à deriva das
bocas
– os corpos quentes
são lavas
na montanha dos homens
e vertigem
no abismo das mulheres.
Há muitos copos
na tempestade.
E meus lábios
beijam a boca da noite.
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