terça-feira, 21 de maio de 2024

Barba de algodão, poema


 

 


 

 

 

Minha barba

é a grama do meu rosto.

Aparo-a de vez em quando.

Não há flores

no meu rosto de terra gretada.

Agora que envelheço,

surgiram gramas brancas

– me pergunto se crescem no rosto

barbas de algodão doce.

Não cultivo veleidades

– uma rosa de algodão

logo se dissolve na boca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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