O
imenso ventre roliço de ferro,
a
batedeira cujas entranhas
são
feitas de pedra e cimento,
ainda
moles,
no
gestar do ato,
no
desenho futuro da casa fixa,
este
gesto não é ainda
o
gesto de viver.
Logo
virá a casa
feita
de casas
que
se chama edifício.
Existirão
outras batedeiras
e
as janelas
construídas
nas falésias.
A
casa grande
se
encherá de portas
como
um grande útero
com
casas geminadas.
E
então haverá moradores:
desejo
de abismo,
vertigens
de paredes e ânsia:
a
imensa batedeira da vida.
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