Meus
braços
– que são meus galhos –
se
cristam no dia a dia
que
é a via-crúcis de todos nós.
Meus
dedos
–
que são as flores da minha mão –
embrutecem
no calvário das esperas.
Tudo
o que tinha de religioso
se
despetalou
no
martírio de existir sem poesia.
A
poesia me dá
Deus
e o Diabo
mas
não a terra prometida.
Voltarei
a vicejar
ano
que vem
quando
a quaresmeira
do
meu corpo
me
florir de desejos
de
ressurreição.
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