Ah, eu prometo nunca mais me abandonar,
ouvirei minhas queixas
e prometerei não me tratar mal.
Serei sempre atento comigo,
viajarei junto comigo
a lugares novos e exóticos
e, nas fotos, sorrirei comigo
para que, no futuro, meus filhos
vejam que sempre estive
acompanhado de mim.
Estarei comigo, na alegria e na dor,
na bonança e na pobreza,
na saúde ou na doença,
e serei, por fim, fiel a mim
até que a morte nos junte
definitivamente ao nada.
(do livro O difícil exercício das cinzas. Rio: 7Letras, 2014)
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