No cine Éden, hollywood da Rua Grande,
a leste de coisa alguma,
o mundo tinha a dimensão de
seis metros estirados de pano.
As janelas abertas deixavam ver o céu
como se fosse a tela e os astros
representassem piscando os olhinhos
de gás das estrelas.
Cleópatra se sentava na cadeira de madeira
depois de servir o jantar aos patrões.
E Marco Antônio,
o filho da puta do Marco Antônio,
tinha as mãos calosas de pedreiro.
Ó tempo das imagens fugidias,
o mundo como um grande rolo,
a lata de lixo da História
estava cheia de papel amassado dos bombons Pippers.
Que viveremos nós depois do
the end da História?
( Eterno passageiro, Ed. Varanda, 2004)
explendido figoroso e sensivel.....nem rimbaud se atreveria escrever algo assim como faço para comprar todos seus livros urgente estou no aguarde!!!!!
ResponderExcluirparabéns Ronaldo costa fernandes....lima barreto está feliz onde esteja!!!!!
ResponderExcluirObrigado pela leitura e comentários. Exagerado me comparar ao genial Rimbaud e Lima Barreto. Sou apenas um escritor mediano que escreve para poucos.
ExcluirAbraços
Ronaldo