quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

O homem do povo, poema RCF




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A roldana do cinto
aperta a pressão dos nervos.
A mecanização dos músculos,
o espasmo fabril e sem reboco,
a casa relógio de ponto final.
O cigarro crema os sonhos.
O álcool fermenta
o intestino das horas extras neste mundo.





(Matadouro de vozes. Rio: 7Letras, 2018)

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