A correria dos móveis
que não saem do lugar,
soldados no chão,
vigilantes e sentinelas,
espaço amplo do raso,
visão dos animais que se encontram
tristes e súbitos no silêncio dos imóveis
que, apesar da impressão de imobilidade,
se regozijam do agitado
mundo do respiradouro das janelas.
Uma fruteira de plástico
abisma o viciado ar do minuto.
(do livro Matadouro de Vozes, 2018)
Espetacular, como toda poesia de Ronaldo Costa Fernandes... tô ficando viciado, comprando um livro atrás do outro
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