Otto Dix |
O muro das minhas lamentações
tem um cartaz de busca-se vivo ou morto.
A única recompensa
é um saco cheio de vazio,
a cara de esfinge
e a coroa dos deserdados.
Como perseguir
o que se esconde em nós?
Pássaros negros
e distúrbios turcos
murmurejam na juventude das janelas
e me perguntam se já encontrei
o que não havia perdido.
O faroeste que não me deixa em paz
e o vilarejo do pó ao pó voltarás.
O deserto de atirar nas sombras
e acertar o alvo móvel dos afetos.
Uma grade é uma imagem de lápis
com os quais não se pode escrever.
Buscar vivo ou morto
o sentimento de recompensa.
E para isso é preciso encarcerar,
este sim, o falsário das emoções
e deixar de infringir
as leis da natureza.
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